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Asteroide Lutécia é um fóssil cósmico
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Asteroide Lutécia é um fóssil cósmico
Fóssil cósmico
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(O Lutécia é um pequeno mundo, com crateras e montanhas. Os cientistas conseguiram identificar sete regiões morfologicamente distintas em sua superfície.[Imagem: ESA/OSIRIS Team/MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA])
O asteroide Lutécia (21 Lutetia) é um verdadeiro fóssil cósmico: várias áreas da sua superfície têm cerca de 3,6 bilhões de anos, sendo, portanto, algumas das mais antigas do Sistema Solar.
E sua altíssima densidade - superior à do granito - significa que o Lutécia é um planetesimal, o primeiro estágio de desenvolvimento no caminho de se tornar um planeta.
Estas descobertas foram feitas por uma equipe liderada por astrônomos do Instituto Max Planck, na Alemanha, depois de analisarem as imagens coletas pela sonda espacial Rosetta, que visitou o asteroide Lutécia em 2010.
Planetesimal e proto-planeta
Cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, o Sistema Solar era totalmente diferente do que é hoje: em vez dos oito planetas grandes, havia inicialmente uma nuvem e, mais tarde, um disco de gás e poeira que orbitava o Sol recém-formado.
Esta matéria gradualmente se amalgamou para formar nódulos de formatos irregulares, os chamados planetesimais.
Alguns deles se fundiram até formar rochas ainda maiores, os proto-planetas - embora eles ainda fossem menores do que os planetas de hoje, eles já eram esféricos e tinham uma estrutura interna em camadas.
Mas o espaço é um lugar dinâmico: a maioria dos planetesimais e proto-planetas que não se desenvolverem em planetas se fragmentaram novamente, em consequência de colisões com os planetas e suas luas.
"O Lutetia é uma sorte para nós," diz Holger Sierks, principal autor do estudo. "Só um número muito pequeno de corpos celestes ficou em tal fase precoce de desenvolvimento. Eles nos permitem lançar um olhar para o passado."
Mais denso que o granito
Um outro exemplo é o asteroide Vesta, que a sonda espacial Dawn (Aurora), da NASA, está observando desde julho deste ano. Os pesquisadores conjecturam que o Vesta seja um dos poucos proto-planetas remanescentes.
O Lutécia está permitindo que os cientistas olhem ainda mais para trás - para as próprias origens do sistema solar.
Seu pequeno tamanho, sua forma irregular e, acima de tudo, a sua elevada densidade, apontam para o fato de que ele é de fato um planetesimal.
"A partir das imagens, pudemos agora determinar o volume do Lutécia com muita precisão e, em seguida, a sua densidade", explica Sierks.
Com 3,4 gramas por centímetro cúbico, o planetesimal é consideravelmente mais denso do que o granito.
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(O Lutécia é um pequeno mundo, com crateras e montanhas. Os cientistas conseguiram identificar sete regiões morfologicamente distintas em sua superfície.[Imagem: ESA/OSIRIS Team/MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA])
O asteroide Lutécia (21 Lutetia) é um verdadeiro fóssil cósmico: várias áreas da sua superfície têm cerca de 3,6 bilhões de anos, sendo, portanto, algumas das mais antigas do Sistema Solar.
E sua altíssima densidade - superior à do granito - significa que o Lutécia é um planetesimal, o primeiro estágio de desenvolvimento no caminho de se tornar um planeta.
Estas descobertas foram feitas por uma equipe liderada por astrônomos do Instituto Max Planck, na Alemanha, depois de analisarem as imagens coletas pela sonda espacial Rosetta, que visitou o asteroide Lutécia em 2010.
Planetesimal e proto-planeta
Cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, o Sistema Solar era totalmente diferente do que é hoje: em vez dos oito planetas grandes, havia inicialmente uma nuvem e, mais tarde, um disco de gás e poeira que orbitava o Sol recém-formado.
Esta matéria gradualmente se amalgamou para formar nódulos de formatos irregulares, os chamados planetesimais.
Alguns deles se fundiram até formar rochas ainda maiores, os proto-planetas - embora eles ainda fossem menores do que os planetas de hoje, eles já eram esféricos e tinham uma estrutura interna em camadas.
Mas o espaço é um lugar dinâmico: a maioria dos planetesimais e proto-planetas que não se desenvolverem em planetas se fragmentaram novamente, em consequência de colisões com os planetas e suas luas.
"O Lutetia é uma sorte para nós," diz Holger Sierks, principal autor do estudo. "Só um número muito pequeno de corpos celestes ficou em tal fase precoce de desenvolvimento. Eles nos permitem lançar um olhar para o passado."
Mais denso que o granito
Um outro exemplo é o asteroide Vesta, que a sonda espacial Dawn (Aurora), da NASA, está observando desde julho deste ano. Os pesquisadores conjecturam que o Vesta seja um dos poucos proto-planetas remanescentes.
O Lutécia está permitindo que os cientistas olhem ainda mais para trás - para as próprias origens do sistema solar.
Seu pequeno tamanho, sua forma irregular e, acima de tudo, a sua elevada densidade, apontam para o fato de que ele é de fato um planetesimal.
"A partir das imagens, pudemos agora determinar o volume do Lutécia com muita precisão e, em seguida, a sua densidade", explica Sierks.
Com 3,4 gramas por centímetro cúbico, o planetesimal é consideravelmente mais denso do que o granito.
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