Antena por indução - argolas de caderno

Nos ultimos tempos tenho ouvido falar muito bem do Midland G9. Dizem que o tamanho acima da média da antena deste PMR faz a diferença (afinal o tamanho sempre interessa !!!)

Dai que me pus a pensar como poderia aumentar as antenas dos meus PMR's sem que os mesmos fossem alterados. E lembrei-me de algumas experiências que foram feitas por indição ou proximidade com algumas antenas yagi ou mesmo verticais. Dai a usar a expiral (argolas) de um caderno, colocada em cima da antena do PMR foi um instante.

Ora acontece que por alguma razão, com o PMR sem as argolas do caderno, consigo do meu QTH activar Sintra, mas se puser as argolas enfiadas na antena já não.


Lá se foi para já a minha brilhante ideia, a não se que alguém me indique de como aplicá-la com sucesso.

As duas razões que estou a lemnbrar-me que possam estar na origem do insucesso desta experiência são o efeito gaiola da Faraday que possa estar a acontecer, ou ainda o facto de o tamanho das voltas das argolas do caderno bem com o espaçamento do arame não ser o mesmo que as antenas originais apresentam.


Agradeço os vossos comentários sobre o tema que deixo aqui à discussão.

PMR's legais, mal posso ver os seus movimentos.

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Outra história que me acontece é activar o papagaio do barreiro com 0,5watts dentro do meu quarto, encostando a antena Midland Flex a antena do outro rádio...
Será magia??

toiosoiovoio escreveu:
Ora acontece que por alguma razão, com o PMR sem as argolas do caderno, consigo do meu QTH activar Sintra, mas se puser as argolas enfiadas na antena já não.

Pois claro que não. Uma antena tem a sua máxima performance (tanto em TX como RX) na sua frequência ressonante, e supostamente um fabricante quando faz uma antena para um determinado rádio, fá-la correctamente e com as medidas correctas para que ela seja ressonante na frequência a que se destina. Ao aproximares a antena de outro objecto metálico, que no caso das argolas de um caderno até é uma bobine, o que estás a fazer é alterar a impedância da antena e a colocá-la ressonante numa frequência que nem Deus sabe, ou seja, as estacionárias disparam por aí acima. A tua sorte é que um pmr não emite com potência suficiente para queimar os transistores do andar final de saída de forma quase imediata. Se fizesses essa mesma brincadeira com um rádio por exemplo de 50W, se calhar irias ter um dissabor desagradável.

Para andarmos a inventar com antenas das duas uma: ou sabemos fazer contas e usar correctamente as fórmulas de cálculo (usando sempre o medidor SWR para no fim verificar tudo o que fizémos), ou então perdemos o amor a 400€ e compramos um analisador de antenas como deve ser para afinar as antenas ao promenor (mas temos na mesma de saber fazer as contas com as fórmulas, pois só o analisador não faz as coisas sózinho nem te ensina o que deves fazer).

Por último, as únicas antenas que funcionam correctamente por indução são as magnetic loop, as quais usam na mesma o seu proprio sistema de "antenna tuner". Procura aqui no fórum por esse tipo de antena (existem tópicos sobre isso), ou procura no Youtube, e verás que são antenas com electrónica e não apenas um pedaço de metal à toa.

Faz sentido.

Sim, conheço as magnetic loop, mais propriamente dos rádios de SW.

São essas mesmo.

Alfa31 escreveu:Pois claro que não. Uma antena tem a sua máxima performance (tanto em TX como RX) na sua frequência ressonante, e supostamente um fabricante quando faz uma antena para um determinado rádio, fá-la correctamente e com as medidas correctas para que ela seja ressonante na frequência a que se destina...

Mas espera ai...diferentes PMR's têm diferentes tamanhos de antenas...e todos operam na mesm frequência. Como se explica isso ?

Será que uns são 1/2 onda, outros 1/4 e outros ainda por exemplo 5/8 de onda ?

As coisas não funcionam assim dessa forma. Pega por exemplo numa X30 (1,3 m) e numa X510 (5,2 m). Ambas funcionam nas mesmas frequências, e uma tem cerca de 4 vezes o tamanho da outra. E ambas estão afinadas para as mesmas frequências. Mais ainda, a X510 é uma antena de 5/8 de onda, no entanto em tamanho real é bem mais do dobro do comprimento de onda.

Por exemplo as espessuras dos elementos influenciam a largura de banda, e isso acontece em qualquer antena, até mesmo num simples dipolo de 1/4 de onda que nem bobines tem. Então quando os cálculos metem bobines ao barulho, a coisa aí complica-se e muito. Por isso como vês não basta comparar o tamanho das "pilas" de dois pmr's para dizer que uma funciona em ressonância e a outra não... Esse tipo de comparação pode até ser feito em antenas básicas como por exmplo um dipolo, em que 1/4 de onda terá sempre o mesmo tamanho de outro dipolo de 1/4 de onda (falo claro de dipolos sem bobines), mas tudo o que meta bobines tem muito mais variáveis a serem tidas em conta. E no caso por exemplo de uma X510, mais ainda pois para além de bobines até condensadores tem lá dentro.