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Telescópio VST estreia super câmera de 268 milhões de pixels

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Mensagem por ALF007 Sáb 2 Jul 2011 - 10:10

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Telescópio de rastreio

O VST e a OmegaCAM de 268 milhões de pixels começam as operações

O VLT Survey Telescope (VST), recentemente instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, divulgou as suas primeiras imagens do céu austral.

O VST é um telescópio de rastreio de campo largo, com um campo de visão duas vezes maior que a Lua Cheia.

Os grandes telescópios, tais como o Very Large Telescope (VLT) e o Telescópio Espacial Hubble, conseguem ver apenas uma parte muito pequena do céu em cada momento - já os telescópios de rastreio atuam de forma automatizada para fotografar grandes regiões do céu rapidamente e com grande precisão, fazendo um levantamento completo de grandes áreas do céu.

O VST o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu no visível de forma exclusiva, com 2,6 metros. Ele complementa o outro telescópio de rastreio do ESO, o VISTA, que opera na faixa do infravermelho.

A maior estrela do VST é a OmegaCAM uma enorme câmera de 268 megapixels, projetada para mapear o céu de modo rápido e com uma excelente qualidade de imagem.

VST - VLT Survey Telescope

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O VST é um telescópio de vanguarda, com uma abertura de 2,6 metros, que possui um sistema de óptica ativa que lhe permite manter os espelhos posicionados sempre de modo perfeito.

A óptica do telescópio inclui também correção para a dispersão devida à atmosfera da Terra.

No seu interior, por trás de enormes lentes que garantem a melhor qualidade de imagem possível, encontra-se a OmegaCAM, de 770 kg, construída em torno de 32 sensores CCD, selada a vácuo, capaz de criar imagens de 268 milhões de pixels.

Além dos 32 sensores principais, a OmegaCAM contém ainda alguns CCDs extras, que funcionam com os sistemas do telescópio de modo a controlar os sistemas de guiagem e de óptica ativa.

Para detectar corretamente a cor dos objetos no céu, utilizam-se diferentes filtros de vidro, que são colocados à frente dos detectores. Cada filtro tem cerca de 30 cm de lado e a maior parte deles tem uma cobertura especial que faz com que muito pouca radiação se perca.

Um obturador, constituído por duas lâminas, é utilizado para bloquear a radiação na altura em que os detectores estão sendo lidos.

Volume astronómico

O volume de dados produzidos pela OmegaCAM será enorme. Serão produzidos cerca de 30 terabytes de dados brutos por ano, que irão ser encaminhados para diferentes centros de dados na Europa para processamento.

Um novo e sofisticado sistema de software foi desenvolvido para o tratamento de tão grande quantidade de dados.

O produto final do processamento serão enormes listas dos objetos encontrados, assim como imagens, que estarão disponíveis aos astrônomos de todo o mundo para análise científica.

"A combinação do grande campo de visão, da excelente qualidade de imagem e do modo de operação muito eficiente do VST produzirá uma enorme riqueza de informação que fará certamente avançar muitos campos da astrofísica," conclui Konrad Kuijken, chefe do consórcio OmegaCAM.

As primeiras imagens

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A primeira imagem divulgada mostra a região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Ômega ou Nebulosa do Cisne, como nunca foi vista antes.

Esta região de gás, poeira e estrelas quentes jovens situa-se no coração da Via Láctea, na constelação de Sagitário. O campo de visão do VST é tão grande que toda a nebulosa, incluindo as suas zonas exteriores mais tênues, foi captada com uma incrível nitidez em toda a imagem.

A segunda imagem é possivelmente a melhor fotografia do aglomerado globular Ômega Centauri jamais conseguida. É o maior aglomerado globular no céu, mas o campo de visão muito grande do VST e da OmegaCAM consegue captar até as regiões exteriores mais tênues deste objeto.

Esta imagem, que inclui cerca de 300.000 estrelas, demonstra bem a excelente resolução do VST.

Rastreios do céu

O VST fará três rastreios públicos nos próximos cinco anos.

O rastreio KIDS mapeará várias regiões do céu longe da Via Láctea. Será dedicado ao estudo da matéria escura, energia escura e evolução de galáxias e encontrará muitos aglomerados de galáxias e quasares com grande desvio para o vermelho.

O rastreio ATLAS cobrirá uma maior área do céu e está mais direcionado para o estudo da energia escura, ao mesmo tempo que apoiará estudos mais detalhados que utilizam o VLT e outros telescópios.

O terceiro rastreio, o VPHAS+, obterá imagens do plano central da Via Láctea com o intuito de mapear a estrutura do disco galáctico e a sua história de formação estelar. O VPHAS+ compilará um catálogo de cerca de 500 milhões de objetos e descobrirá muitos novos exemplos de estrelas incomuns em todos os estágios da sua evolução.

Dados públicos

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O VST é o mais recente telescópio instalado no Observatório do Paranal do ESO, no deserto do Atacama, no norte do Chile. Ele está situado ao lado dos quatro telescópios que compõem o VLT, no cimo do Cerro Paranal, sob os céus límpidos de um dos melhores locais de observação sobre a Terra.

Nos próximos anos, o VST e a sua câmera OmegaCAM farão vários rastreios muito detalhados do céu austral. Todos os dados serão tornados públicos.

"Estou muito contente por ver estas primeiras imagens tão impressionantes do VST e da OmegaCAM. A combinação única do VST e do VISTA, o telescópio de rastreio no infravermelho, permitirá a identificação de muitos objetos interessantes, os quais serão posteriormente observados detalhadamente com os potentes telescópios que compõem o VLT," diz Tim de Zeeuw, o Diretor Geral do ESO.

O projeto VST é uma colaboração entre o INAF-Osservatorio Astronomico di Capodimonte, em Nápoles, na Itália e o ESO (Observatório Europeu do Sul). O INAF concebeu e construiu o telescópio com a colaboração da indústria italiana e o ESO é responsável pela cúpula e pelos trabalhos de engenharia civil efetuados no local.

A OmegaCAM, a câmera do VST, foi concebida e construída por um consórcio que inclui institutos na Holanda, na Alemanha e na Itália, com contribuições importantes do ESO. A nova infraestrutura será operada pelo ESO, que também irá arquivar e distribuir os dados obtidos pelo telescópio.
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